Como o descarte incorreto de dispositivos pode se transformar em um incidente de segurança?
- Aline Silva | PhishX
- há 8 horas
- 6 min de leitura
Quando falamos em segurança digital, é comum que o foco esteja apenas nas ameaças virtuais como golpes, malwares e ataques de phishing.
No entanto, o descarte inadequado de dispositivos corporativos é um problema crescente que afeta tanto o meio ambiente quanto as organizações, afinal a proteção de dados vai além do ambiente online.
Os dispositivos físicos como notebooks, celulares, pen drives e HDs armazenam informações sensíveis e, se descartados de forma inadequada, podem se tornar uma porta de entrada para vazamentos, fraudes e outros incidentes de segurança.
Saiba que a exclusão de arquivos não garante que os dados estejam realmente apagados, e criminosos podem facilmente recuperar essas informações com ferramentas simples.
Essa negligência no descarte físico de dispositivos e mídias representa um risco real para empresas de todos os portes.
Isso porque, um equipamento antigo, sem os devidos cuidados, pode conter desde credenciais corporativas até contratos e informações estratégicas. Por isso, o descarte seguro deve fazer parte das políticas de segurança da informação.
Qual a importância do descarte de dispositivos?
O descarte incorreto de dispositivos ocorre quando equipamentos que armazenam dados como HDs, notebooks, pen drives, celulares, roteadores e até impressoras, são descartados sem que as informações neles contidas sejam devidamente eliminadas.
Muitas vezes, ao trocar de aparelho ou encerrar o uso de um equipamento corporativo, a preocupação se limita ao descarte físico.
Ignorando que boa parte desses dispositivos ainda carrega dados sensíveis, mesmo após uma simples exclusão de arquivos.
Esses equipamentos frequentemente armazenam:
Credenciais de acessos;
Documentos internos;
Dados de clientes;
Históricos de navegação;
Configurações de rede.
Celulares corporativos, por exemplo, podem conter acessos diretos a e-mails e sistemas internos, as impressoras e multifuncionais armazenam cópias temporárias de documentos digitalizados.
Já roteadores guardam informações da rede que podem ser exploradas por cibercriminosos, o risco está em subestimar o potencial dessas mídias como fonte de informação.
O que torna o descarte incorreto é a ausência de procedimentos seguros para eliminar os dados antes que o dispositivo saia do controle da organização.
Isso inclui desde a falta de formatação segura até a não utilização de ferramentas especializadas para apagar de forma definitiva os dados contidos no equipamento.
Em casos mais críticos, o equipamento é simplesmente jogado fora ou doado sem nenhuma etapa de limpeza, o que facilita a recuperação de informações com softwares gratuitos encontrados na internet.
Além de representar uma falha grave na política de segurança da informação, esse tipo de negligência pode acarretar consequências legais, especialmente diante de legislações como a LGPD.
Por isso, é fundamental que as organizações adotem práticas padronizadas e seguras para o descarte de qualquer dispositivo que tenha armazenado dados corporativos.
Quais os riscos do descarte incorreto de dispositivos?
O descarte inadequado de dispositivos vai muito além de uma questão ambiental ou de organização, ele representa um risco real à segurança da informação.
Isso porque, vivemos em um cenário em que dados são ativos valiosos e estratégicos para qualquer organização e permitir que equipamentos sejam eliminados sem os devidos cuidados pode abrir portas para vazamentos e fraudes.
Essas brechas podem ser exploradas por cibercriminosos, concorrentes ou até por pessoas comuns com conhecimento técnico básico.
Por isso, entender esses riscos e adotar práticas seguras no descarte de dispositivos é fundamental para proteger a integridade das informações.
Acesso não autorizado a dados sensíveis
Quando dispositivos são descartados sem os devidos cuidados, qualquer pessoa que tenha acesso físico a eles pode explorar as informações armazenadas, isso inclui dados confidenciais da empresa, como:
Documentos internos;
Planilhas financeiras;
Estratégias de mercado;
Dados de clientes;
Acessos a sistemas.
Em muitos casos, esses dados não estão protegidos por criptografia e podem ser visualizados com facilidade. Esse tipo de exposição expõe a organização a risco de vazamento de informações estratégicas e violações de privacidade.
Além do impacto na reputação, o acesso não autorizado a esses dados pode levar a fraudes, extorsões ou uso indevido das informações em concorrência desleal.
É importante lembrar que, ao descartar um dispositivo, a responsabilidade sobre as informações contidas nele continua sendo da empresa.
Uma vez fora do controle corporativo, torna-se muito mais difícil rastrear onde os dados foram parar e quais danos eles podem causar.
Por isso, o cuidado com o descarte não é apenas técnico, mas também uma questão de responsabilidade legal e ética.
Recuperação de informações mesmo após a exclusão aparente
Muitas pessoas acreditam que excluir arquivos ou formatar um disco é suficiente para apagar todas as informações.
No entanto, isso não passa de uma falsa sensação de segurança. A exclusão convencional apenas retira os dados da visualização imediata, mas não os remove de fato do dispositivo.
Com ferramentas simples e facilmente acessíveis, é possível recuperar grande parte desses arquivos, incluindo e-mails, documentos e imagens.
Esse risco é especialmente preocupante quando o descarte ocorre sem qualquer política ou ferramenta especializada de limpeza segura de dados, como o uso de software de "data wiping" ou a destruição física certificada.
Com isso, invasores ou mesmo curiosos com conhecimento básico podem explorar essa falha e ter acesso a dados valiosos para espionagem corporativa ou ataques direcionados.
Reaproveitamento de peças contendo informações confidenciais
Mesmo quando o dispositivo em si não é reutilizado em sua totalidade, partes dele podem ser reaproveitadas por terceiros e isso também representa um risco.
Isso porque, componentes como HDs, SSDs e até chips de memória podem conter fragmentos de dados sensíveis, dessa forma as organizações que descartam equipamentos de forma fragmentada, sem o devido cuidado com as informações.
Acabam permitindo que esses dados sejam transportados para fora do ambiente corporativo, muitas vezes sem qualquer rastreabilidade.
Além disso, esse reaproveitamento é comum em mercados paralelos de revenda de equipamentos e peças. Um disco rígido descartado sem limpeza adequada pode ser instalado em outro computador, expondo informações da empresa.
Isso amplia a superfície de risco e mostra como o ciclo de vida das informações precisa ser considerado até o descarte final.
Boas práticas para o descarte seguro de dispositivos
Garantir o descarte seguro de dispositivos que armazenam dados sensíveis é uma etapa essencial da política de segurança da informação.
Para isso, é fundamental que as organizações estabeleçam políticas internas claras de descarte, que definam responsabilidades, prazos e procedimentos para a eliminação de equipamentos obsoletos.
Essas diretrizes devem ser conhecidas por todos os colaboradores e alinhadas com os setores de TI, segurança e compliance, de modo a garantir que nenhum dispositivo saia da instituição sem passar por um processo adequado de tratamento de dados.
Entre as medidas técnicas mais eficazes está o uso de ferramentas de limpeza segura de dados, conhecidas como data wiping.
Esses softwares são projetados para sobrescrever completamente as informações armazenadas no dispositivo, tornando sua recuperação praticamente impossível.
Diferente da simples exclusão ou formatação, o wiping garante que dados sensíveis, como senhas, registros financeiros e documentos corporativos, sejam permanentemente eliminados.
Essa prática deve ser adotada como padrão, principalmente antes de qualquer equipamento ser transferido, doado ou reciclado.
Em situações em que os dispositivos não serão reutilizados, a destruição física certificada se torna a forma mais segura de descarte.
Isso envolve processos como trituração, desmagnetização ou derretimento dos componentes que armazenam dados, garantindo que nenhuma informação possa ser recuperada.
É importante que essa destruição seja registrada e, quando possível, acompanhada de laudos técnicos que comprovem a conformidade com normas de segurança e proteção de dados, como a LGPD.
Qual o papel da conscientização dos colaboradores?
A conscientização dos colaboradores é um dos pilares mais importantes para garantir o descarte seguro de dispositivos e a proteção das informações corporativas.
Não basta contar com políticas internas e ferramentas adequadas se as pessoas que lidam diretamente com os equipamentos não estiverem cientes dos riscos envolvidos, isso porque muitos incidentes começam com pequenos descuidos como:
Jogar fora um pen drive antigo;
Doar um notebook sem limpar os dados;
Descartar um celular corporativo sem o redefinir.
Quando os colaboradores entendem a gravidade dessas ações, passam a agir com mais responsabilidade e atenção.
Nesse cenário, os times de TI e Segurança da Informação têm um papel essencial, que é não apenas criar processos seguros de descarte, mas também orientar os colaboradores sobre como segui-los corretamente.
Para fortalecer esse movimento, é fundamental investir em treinamentos e campanhas que incluam o tema do descarte físico como parte da cultura de segurança.
Como a PhishX pode ajudar no descarte dos dispositivos?
A PhishX entende que a segurança da informação vai além do ambiente digital e os riscos físicos, como o descarte inadequado de dispositivos, também devem fazer parte das estratégias de proteção de dados.
Por isso, oferece soluções completas por meio de campanhas educativas, que ajudam a conscientizar os colaboradores sobre a importância do descarte seguro.
Essas campanhas podem ser personalizadas conforme a realidade de cada organização, abordando desde os riscos mais comuns até exemplos práticos de como agir corretamente no dia a dia.
Outro diferencial da PhishX está na oferta de conteúdos em formato de microlearning, voltados especificamente para temas de segurança como descarte físico seguro e outros tópicos de segurança digital.
Por serem objetivos e de rápida assimilação, esses conteúdos ajudam os colaboradores a absorverem o conhecimento de forma prática, sem sobrecarregar sua rotina. O resultado é um aprendizado contínuo e mais efetivo.
Tudo isso se integra ao programa de conscientização contínua da PhishX, que trata a segurança como uma jornada e não como uma ação pontual.
O descarte seguro de dispositivos é apenas um dos temas que podem e devem estar presentes nesse ciclo permanente de aprendizado.
Com a abordagem estratégica da PhishX, sua organização consegue formar uma cultura de segurança mais madura. Entre em contato com os nossos especialistas e saiba mais!

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