O plano de conscientização deve considerar as diferenças entre os times?
- Aline Silva | PhishX

- há 6 horas
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Os ataques corporativos evoluíram, com isso os atacantes não miram em atingir toda a empresa, mas sim departamentos específicos com mensagens cada vez mais convincentes.
Esse movimento não é por acaso, isso porque entender a rotina, a linguagem e as responsabilidades de cada área tornaram os golpes mais difíceis de detectar e ampliou significativamente o impacto potencial dentro das organizações.
Com isso, nos últimos anos, golpes de phishing, engenharia social e fraudes digitais passaram a explorar informações internas disponíveis publicamente ou obtidas por vazamentos e redes sociais.
Dessa forma, os atacantes conseguem criar comunicações que parecem legítimas para cada departamento, como aprovações de pagamento, processos seletivos ou solicitações de contrato.
Esse cenário eleva o risco corporativo porque revela um ponto crítico, afinal, enquanto os ataques se tornam cada vez mais específicos, muitas estratégias de defesa ainda são genéricas.
Sendo assim, sem treinamento segmentado e simulações específicas, as equipes não conseguem desenvolver reflexos práticos para reconhecer fraudes alinhadas com sua rotina. O resultado é uma superfície de ataque maior e consequências devastadoras.
Por que é importante considerar as diferenças entre os times?
As simulações de phishing e engenharia social sempre foram usadas para avaliar o nível de preparo das equipes, mas o cenário atual tornou evidente uma limitação importante, isso porque os ataques genéricos já não representam a realidade.
Hoje, cibercriminosos estudam processos internos, exploram informações públicas e personalizam mensagens para parecerem rotinas legítimas de cada área.
Dessa forma, quando uma simulação não acompanha esse nível de sofisticação, ela deixa de medir o risco real e passa a oferecer uma falsa sensação de segurança.
Assim, enquanto simulações genéricas avaliam apenas o comportamento básico, as direcionadas conseguem reproduzir os desafios do dia a dia de cada departamento e com isso preparar as pessoas para os ataques.
Afinal, cada profissional tem seus desafios e brechas específicas de segurança digital, um analista financeiro, por exemplo, é pressionado por solicitações urgentes de pagamento. Já um profissional de RH lida com anexos de currículos.
E os criminosos sabem exatamente como usar os gatilhos, para pressionar cada área, por isso cada contexto exige atenção a gatilhos diferentes, e ataques genéricos simplesmente ignoram essas nuances.
Isso significa que as equipes podem se sair bem em uma simulação, mas continuar vulneráveis a golpes criados exatamente para suas rotinas.
Por isso as simulações direcionadas são tão importantes, pois elas:
Acompanham a evolução dos ataques reais;
Reproduzem cenários que fazem sentido para cada departamento;
Usam situações plausíveis;
Utilizam linguagem familiar e pressões típicas da área.
Assim, essa personalização aumenta drasticamente a capacidade de aprendizado, porque conecta o risco diretamente à vivência do colaborador.
Quando a pessoa reconhece o contexto e percebe que poderia cair em uma fraude parecida durante o trabalho, a conscientização deixa de ser abstrata e se torna prática e imediata.
Por isso, investir em simulações direcionadas não é apenas uma evolução técnica, é um componente essencial de maturidade de segurança, pois elas revelam vulnerabilidades invisíveis, fortalecem reflexos comportamentais e preparam equipes.
Com isso, ao invés de treinar todos da mesma forma, as organizações passam a treinar cada time conforme os riscos que ele enfrenta.
O resultado é simples, colaboradores mais preparados, decisões mais seguras e uma redução significativa da superfície de ataque.
Quais departamentos são mais visados pelos criminosos?
Entre os departamentos mais visados pelos cibercriminosos, o financeiro ocupa o topo da lista. Isso acontece porque é a área que lida diretamente com pagamentos, aprovados e fluxos de recursos.
Afinal, seus elementos são extremamente atrativos para golpes de transferência ou falsos boletos, por isso os atacantes costumam:
Explorar situações de urgência;
Simular cobranças de fornecedores;
Imitar lideranças para pressionar decisões rápidas.
Quando o criminoso entende como funciona o processo financeiro da empresa, consegue criar mensagens altamente convincentes e difíceis de identificar.
O RH também é alvo recorrente, especialmente por lidar com grande volume de dados pessoais e documentos sensíveis. Golpes envolvendo currículos, solicitações de atualização cadastral ou falsas vagas são comuns.
Já o time de compras é frequentemente abordado com propostas comerciais falsas, links para catálogos infectados ou arquivos que parecem ser orçamentos e contratos.
Como essa área costuma interagir com diversos fornecedores, é mais fácil para o atacante se passar por um contato e induzir o colaborador ao erro.
Por fim, o time de TI, apesar de mais treinado, recebe ameaças sofisticadas que simulam tickets de suporte, alertas de sistemas e atualizações urgentes.
Em todos os casos, o que torna esses departamentos vulneráveis é a combinação entre rotina intensa, alta quantidade de interações externas e processos que dependem de confiança, exatamente o que os criminosos sabem explorar.
Quais os benefícios para o time e para toda a organização?
Os benefícios das simulações direcionadas se estendem tanto para cada time quanto para toda a organização, porque conectam o aprendizado à realidade operacional de cada área e fortalecem a maturidade geral de segurança.
Para os departamentos, elas revelam vulnerabilidades específicas, desenvolvem reflexos mais rápidos diante de fraudes alinhadas à rotina e geram insights práticos que permitem ajustar processos com precisão.
E o resultado é um ambiente mais preparado, resiliente e menos suscetível a incidentes, veja a seguir alguns desses benefícios e porque eles são essenciais para as organizações.
Aumento da maturidade
É preciso entender que a maturidade de segurança evolui quando as equipes deixam de apenas reconhecer riscos básicos e passam a compreender como golpes realmente se apresentam no seu dia a dia.
Dessa forma, as simulações direcionadas, faz com que cada departamento vivencie cenários que refletem suas responsabilidades, pressões e fluxos de trabalho.
Isso fortalece a tomada de decisão, amplia a capacidade de identificar padrões suspeitos e cria reflexos mais rápidos e assertivos diante de situações reais. Esse amadurecimento também melhora a postura preventiva.
Assim, os colaboradores adotam boas práticas antes mesmo que um incidente ocorra e quando eles entendem seus pontos de atenção, começam a ajustar rotinas, revisar etapas críticas e reportar comportamentos anormais com mais autonomia.
Redução de riscos
Com simulações segmentadas, as organizações conseguem mitigar os riscos, isso porque a partir dessas ações é possível mapear vulnerabilidades reais. Assim a liderança começa a trabalhar com dados e não apenas com suposições.
Dessa forma, cada departamento passa a ser testado em cenários específicos, revelando fragilidades que uma simulação genérica jamais mostraria, permitindo identificar comportamentos de risco e processos frágeis.
A redução de riscos também se amplifica quando essas descobertas são transformadas em ações práticas, quando líderes conseguem ajustar fluxos e reforçar controles internos de maneira mais estratégica.
Evolução do comportamento seguro
Simulações direcionadas ajudam colaboradores a internalizar comportamentos de segurança, porque trabalham com situações que eles realmente vivenciam.
Assim, ao reconhecer uma fraude que poderia ter chegado em um e-mail cotidiano, o colaborador passa a adotar uma postura mais crítica e cuidadosa.
Esse aprendizado reduz o impulso automático de clicar e melhora a capacidade de identificar inconsistências.
Com o tempo, esse comportamento seguro se espalha pela rotina, influenciando decisões, comunicações internas e até a interação com fornecedores.
Sendo assim, a cultura organizacional se torna mais consciente, colaborativa e preparada para agir de forma preventiva. Esse tipo de evolução contínua é o que diferencia empresas com alta resiliência digital das que continuam vulneráveis.
Qual o papel da PhishX nas simulações direcionadas
A PhishX desempenha um papel central em todo o ciclo de conscientização, começando pelo planejamento estratégico das simulações e campanhas.
A plataforma ajuda líderes de segurança a identificar quais áreas apresentam maior exposição, quais processos internos são mais sensíveis e quais tipos de golpes têm maior probabilidade de sucesso.
Com essa inteligência inicial, é possível construir um plano estruturado, alinhado ao nível de maturidade da empresa e às vulnerabilidades reais de cada departamento, garantindo que cada ação tenha propósito e impacto mensurável.
Na execução, a PhishX oferece recursos que permitem criar, personalizar e distribuir simulações altamente realistas, respeitando o contexto e a rotina de cada time.
A plataforma disponibiliza modelos específicos, ajustáveis aos fluxos internos da organização, permitindo que o Financeiro, RH, Jurídico, TI e outras áreas recebam cenários que representam seus próprios desafios.
Além disso, a automação facilita o agendamento, a segmentação e a recorrência das campanhas, mantendo a estratégia ativa sem sobrecarregar as equipes de segurança.
Por fim, a PhishX fortalece a evolução contínua ao fornecer relatórios detalhados, dashboards comparativos e insights práticos que ajudam líderes a entender comportamentos, identificar tendências e ajustar rapidamente a estratégia.
Os dados permitem analisar o desempenho por área, detectar pontos críticos e medir a evolução da maturidade de segurança ao longo do tempo.
Assim, a plataforma não apenas executa simulações, mas apoia uma jornada contínua de melhoria, transformando conscientização em resultados concretos para toda a organização. Quer saber mais? Entre em contato com os nossos especialistas.






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