A engenharia social se tornou a principal porta de entrada para outros tipos de ação criminosa no mundo digital. Atualmente, grande parte dos ataques cibernéticos que exigem resgates de altos valores começam pela engenharia social.
Mas como reduzir o risco causado por esse tipo de ataque? Apesar de existirem ferramentas que bloqueiam e identificam esse tipo de ação, nem sempre elas são totalmente eficientes. E só é preciso uma vítima para comprometer a segurança de uma organização inteira.
Portanto, é essencial utilizar estratégias que diminuam esses riscos, permitindo que as pessoas sejam capazes de identificar e agir em caso de ataques.
Neste artigo, vamos demonstrar como você pode fazer com que as pessoas se tornem parte importante das estratégias para reduzir os riscos causados pela engenharia social.
Faça com que as pessoas reconheçam golpes de engenharia social
A Covid-19 trouxe novas prioridades para o nosso cotidiano. Entre as grandes questões está a tentativa de garantir a eficácia do trabalho remoto, sem tornar a vida das pessoas ainda mais complicada. Isso exige, entre outros fatores, mudanças nas tecnologias e nos processos.
Porém, é importante observar que, mesmo com ferramentas que podem proteger os usuários, as pessoas ainda devem exercitar o bom senso para lidar com as ameaças cotidianas.
Além disso, o estresse adicional que a situação pandêmica mundial tem proporcionado, nos torna mais propensos a prestar menos atenção. Dessa forma, podemos cometer erros que normalmente não cometemos.
Por outro lado, algumas pessoas podem achar que seu comportamento não é controlado como no escritório. Assim, acabam se expondo mais às ameaças.
Por isso, é muito importante que as organizações invistam em uma barreira de proteção que conte com as pessoas. Dessa forma, é preciso ajudar elas a exercerem suas funções com a mesma eficiência.
Também é muito importante garantir que os esforços de conscientização sejam ouvidos por todos. Para fazer isso, é preciso comunicar abertamente as ameaças que a organização enfrenta. Assim, podemos fazer com que as pessoas engajem ainda mais no combate aos riscos.
Reconheça a cibersegurança como um facilitador dos negócios
Embora o cenário de cada organização seja diferente, existem muitos fatores comuns. Por exemplo, não há dúvida de que todos precisamos nos preocupar com ataques de phishing ou links maliciosos que chegam através das redes sociais.
Da mesma forma, ransomware e malwares também se tornaram comuns. Assim, é muito importante discutir essas ameaças regularmente, seja através de comunicados, treinamentos ou simulações.
Uma defesa bem-sucedida contra ataques cibernéticos exige um esforço coordenado em todos os níveis de uma organização. A segurança também pode ser reforçada através de um maior reconhecimento, por parte dos conselhos administrativos, de que a cibersegurança é um verdadeiro facilitador dos negócios.
É preciso reconhecer que a segurança cibernética é um investimento, e não somente um gasto. Ferramentas e estratégias de proteção, treinamentos constantes, simulações e distribuição de políticas, tudo isso envolve a cibersegurança de uma organização.
Trate a segurança da informação como uma prioridade
É preciso que as organizações se concentrem em implementar estratégias de segurança que envolvem ferramentas e treinamentos. Dessa forma, toda a organização pode ajudar a mitigar os riscos, principalmente contra ataques de phishing.
Assim, as organizações precisam ser proativas na proteção de dados, considerando a implementação de um modelo de segurança de confiança zero.
A cibersegurança se tornou um fator decisivo para as organizações. Não há como negar a importância dessa área para o cotidiano. Neste sentido, novos comitês para debater as ações que serão definidas devem ser criados dentro das corporações.
Dados do Gartner indicam que, nos próximos anos, 40% dos conselhos diretivos das organizações terão comitês dedicados exclusivamente para tratar da segurança cibernética. Isso aumenta a visibilidade da área dentro das organizações, fazendo com que sejam criadas funções específicas para tratar da proteção de dados.
Esses dados também apontam que 70% dos CEOs definirão formas para que as organizações lidem melhor com ameaças como ataques cibernéticos.
É natural que surjam novos comitês para controlar os gastos e investimentos com essas áreas. Isso deve trazer ainda mais visibilidade para os riscos cibernéticos dentro das organizações, e vai requerer estratégias definidas pelas camadas diretivas mais altas.
Em 2021, o relatório da Accenture sobre o estado da resiliência da cibersegurança dentro das organizações apontou que 82% delas admitiram aumentar seus orçamentos para cibersegurança no ano passado. Esses números podem representar até 15% dos gastos totais em Tecnologia da Informação.
Conscientize as pessoas
No cenário atual, onde o presencial se misturou ao trabalho remoto, os dados corporativos ficaram ainda mais vulneráveis a ataques cibernéticos. Assim, se tornou essencial implementar uma cultura de cibersegurança dentro das organizações.
A implantação desse tipo de cultura pode abranger um conjunto de ações, métodos e tecnologias permanentes. Dessa maneira, as informações podem ser mantidas em sigilo. Dessa forma, garantir a segurança de toda infraestrutura digital de uma organização se tornou um grande desafio.
Porém, para que esse tipo de cultura tenha sucesso, é preciso lidar com todos os profissionais envolvidos. Isso passa por educar as pessoas que acessam e fornecem dados a todo o momento, desde quando desbloqueiam a tela do celular.
Defina estratégias para um plano de conscientização
Como vimos, criar uma cultura de cibersegurança envolve educar as pessoas. Quase todos os ativos de informação de uma organização passam pelas mãos de pessoas.
Portanto, o risco de que essas pessoas contribuam para um incidente relacionado a segurança da informação precisa ser reduzido. Sem que as pessoas sejam educadas, não é possível criar uma estratégia de segurança eficiente.
A criação de uma cultura corporativa forte em toda a organização deve incentivar constantemente os funcionários a ficarem sempre em dia com as questões de segurança.
Para muitas organizações, a segurança da informação ainda não é uma prioridade. Conforme o cenário de ameaças se torna mais complexo, as organizações podem se beneficiar ao garantir que as pessoas tenham algum grau de consciência das ameaças.
Dessa forma, um programa de conscientização bem elaborado pode gerar grandes benefícios e promover uma cultura saudável de segurança cibernética.
Também é muito importante garantir que os esforços de conscientização sejam ouvidos por todos. Para fazer isso, comunicar abertamente as ameaças que a organização enfrenta pode ser uma forma de engajar as pessoas.
Crie uma cultura de segurança
Não é fácil criar uma cultura de segurança, mas isso pode trazer muitos benefícios. Como o engajamento das pessoas, que pode surpreender. Quando elas passam a ser reconhecidas e valorizadas por agir com mais segurança, elas podem ajudar a criar uma estratégia ainda mais eficiente.
Dessa maneira, a cultura pode criar embaixadores que vão além de alguém que compartilha comunicados internos. É preciso que as pessoas envolvam outras equipes, reconheçam deficiências na cultura da organização e tragam questionamentos de outros setores. Assim é possível criar programas mais inclusivos e que representam cada vez mais vozes dentro da organização.
Utilize métricas para avaliar a eficiência das estratégias
Para que seu programa mantenha um aprimoramento constante, você pode acompanhar o desenvolvimento e retorno que ele proporciona. Essas são as chamadas métricas.
Cada organização é diferente, já que eles podem se basear em diferentes objetivos. Porém, você pode analisar como se as pessoas estão respondendo melhor às simulações. Ou, ainda, se mais pessoas estão concluindo treinamentos.
Foque em pessoas, não apenas em número
O que pode tornar possível enxergar o projeto além dos números é demonstrar como essas ideias podem integrar diferentes áreas, fazendo com que as pessoas se sintam mais valorizadas.
Uma cultura de cibersegurança impacta diretamente as pessoas e faz com que elas se sintam empoderadas. Novas lideranças podem surgir e os participantes podem descobrir até mesmo novas habilidades. São as pessoas que são capazes de mudar os números.
Agora que você já sabe como reduzir os riscos causados pelos golpes de engenharia social, o que acha de conhecer quais são os principais tipos de ataques que ameaçam as organizações? Leia em nosso blog.
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